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FILMES: Grease, 40 anos e mais relevante que nunca!

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ESTE POST CONTEM SPOILERS, SE VOCÊ AINDA NÃO ASSISTIU AO FILME, NÃO É RECOMENDÁVEL QUE LEIA.

Tell me about it, stud!

Com esta frase revolucionária, os cinemas de todo o mundo, há quarenta anos, vibraram à imagem de uma nova Sandy. Vestida de preto, com um cigarro na mão e fatalmente sensual, Olivia Newton-John e John Travolta entraram para história com o hino de uma geração: "You're The One That I Want", que até os dias atuais embalam todas as idades criando ou relembrando memórias de uma juventude rebelde.

Revivendo os glamourosos anos 50, marcados pela sensualidade de Marilyn Monroe e James Dean, Grease é uma história de amor entre Danny Zuko (John Travolta) e Sandy Olsson (Olivia Newton John), que se conhecem na praia e vivem um intenso amor de verão, contudo, ao fim da estação, Sandy iria voltar à Austrália e o casal se separaria, mas, por uma mudança de planos e uma baita ironia do destino, eles de reencontram no colégio Rydell High.
Danny deve manter as aparências de garanhão, por isso acaba magoando Sandy no reencontro, mas mesmo assim ela decide que vale a pena dar mais uma chance, após perceber que Danny se esforçava para merecê-la.
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Assim como tantos outros filmes musicais, Grease é na verdade uma adaptação cinematográfica de um musical da Broadway. Escrita em 1971, por Jim Jacobs e Warren Cassey, a história baseia-se na experiência que os autores tiveram durante seus anos de colegial, a realidade do adolescente dos anos 50 e as músicas dos primórdios do rock'n'roll. O nome "Grease" vem de uma subcultura de jovens trabalhadores conhecidos como "greasers", cujo estilo virou símbolo da juventude americana na época por seu tom de rebeldia.
Contudo, Grease não é apenas só sobre música, dança e rock'n'roll. O musical também traz um importante apelo social: a gravidez na adolescência - algo que ainda é igualmente comum - como é o caso de Rizzo (Stockard Channing), que isso acaba recebendo muito julgamento e pouca ajuda por parte das pessoas, felizmente, aprendemos no final do filme que era um alarme falso. Mas pelo menos temos uma ótima música como "There Are Worse Thing I Could Do".

As músicas que são cantadas no filme, a este ponto, já são todas imortais. "Summer Nights", uma das mais aclamadas, é um contraste divertido entre meninos e meninas ao falar sobre alguém que conheceram e viveram um romance.
As baladas românticas, como "Sandy" e "Hopelessly Devoted To You" - da qual é presente exclusivamente no filme - são dois verdadeiros heartbreak anthems, além das minhas favoritas!
E uma menção honrosa à "Greased Lighting", que é o melhor número musical do filme, na minha opinião, onde podemos perder a cabeça por toda a sensualidade desenfreada de John Travolta.
O impacto na cultura popular é imenso, não apenas nas músicas, ou nas roupas - que até hoje ainda são altamente fashion - mas de um modo geral. Apesar de se passar nos anos cinquenta, continua sendo atual, o jovem que assiste hoje em dia ainda pode, de alguma forma, identificar-se com os personagens.
Outra maneira que Grease continua vivo, são todas das inspirações explicitas ou não em programas e filmes atuais. Por exemplo: High School Musical, que repete a formula do romance musical adolescente, mesmo que de forma mais fraca e Glee, que inclusive dedicou um episódio em homenagem ao filme, o Glease, da quarta temporada.
Recentemente, a Fox recriou o musical em um formato teleteatral, que contou com Julianne Hough e Aaron Tveit nos papéis de Sandy e Danny, além de Vanessa Hudgens como Rizzo. O remake recebeu boas críticas, inclusive do próprio John Travolta.
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Clássicos nunca morrem, só se fortalecem com o tempo. Grease é a prova disso. Há quarenta anos embala os jovens de todas as idades na sua música eletrificante e questões jovens. Se você ainda não assistiu, então não perca a oportunidade de se apaixonar por esse musical, ou se apaixonar novamente, se já assistiu.
Não se esqueçam de comentar se já assistiram Grease, se sim, qual sua parte favorita? Até mais, xoxo :)

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MÚSICA: A incomparável Aretha Franklin

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Rainha da música soul, uma das melhores vozes de todos os tempos, pioneira, você decide quais destes títulos associar ao nome de Aretha Franklin. Usar todos de uma vez também é aceitável, já que esta cantora de voz de ouro é isto e muito mais.

Poucos artistas podem se orgulhar de ter produzido trabalhos imortais, além de inspirar várias gerações de novos cantores. Aretha com certeza é uma destas artistas, desde que dentre alguns de seus feitos, estão 18 Grammy's, 112 singles nas paradas de sucesso - mais que qualquer outra artista feminina, 42 álbuns que somam mais de 75 milhões de cópias vendidas mundialmente, além de ser eleita pela revista Rolling Stones como a melhor cantora feminina de todos os tempos.

Photos: Aretha Franklin through the years

Aretha começou a cantar desde muito pequena na igreja na qual seu pai era ministro. Nos anos 60, com 18 anos, mudou-se para Nova York, aonde assinou um contrato com a gravadora Columbia, aonde gravou alguns de seus maiores sucessos: (You Make Me Feel Like) A Natural Woman, Think, Spanish Harlem e Respect, que se tornou seu maior sucesso, sendo o hino da revolução feminina dos anos sessenta. Ao fim da década, ela recebeu oficalmente o título de rainha do soul.

Entretanto, nem tudo na vida de Franklin foi um mar de rosas, como várias de suas músicas são. Aos cinco anos, foi abandonada pela mãe, sendo criada pelo pai, várias namoradas dele e sua avó. Encontrou seu refúgio na música e nos homens, tendo, aos quinze anos, dado luz a duas crianças de pais desconhecidos, quando embarcou para Nova York. Aretha prefere esconder o passado sombrio, pois segundo ela mesma, é uma forma de esconder suas dores.
Em 1969, se divorciou do marido, Ted White, com quem viveu tal como na sua própria música, Chain Of Fools, que narra um relacionamento abusivo. No mesmo ano, seguido do divorcio, Aretha também parou de beber e focou no seu trabalho, tendo continuado a produzir músicas pelas duas décadas que se seguiram.
Em 2005, foi premiada com a Medalha Presidencial de Liberdade (Presidential Medal of Freedom) das mãos do então presidente George Bush. Este é a maior honraria que um cidadão americano pode receber. Antes disso, ganhou um Grammy Legend Award em 1997, um prêmio Lifetime Achievement, também do Grammy e uma medalha nacional das artes (National Medal of Arts).
Em 2014, lançou seu mais recente álbum, Aretha Franklin signs the Great Diva's Classics, no qual regrava sucessos de outras grande divas, como Whitney Houston e Adele, cujo cover de "Rolling In The Deep" debutou em posição #42 na Billboard e permanece como a principal faixa do álbum.
Esta semana, foi divulgada pela assessoria da cantora que ela está gravemente doente devido a um câncer diagnosticado em 2010. No mesmo comunicado, eles pedem orações para Franklin. No Twitter, vários artistas e fãs manifestaram-se na torcida pela melhora do quadro dela. Esta postagem é uma homenagem minha àquela a quem admiro muito e torço pela recuperação.
Se vocês não conhecem Aretha Franklin ainda, não espere muito até ouvir pelo menos seus maiores sucessos, pois artistas como estes acontecem uma vez em muito tempo!
Não deixem de deixar nos comentários se vocês já conheciam Aretha Franklin. Qual sua música favorita dela? Como a conheceu? Comente! Até mais, xoxo :)
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LET'S TALK VINTAGE: I Love Lucy

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Parecem que fazem séculos desde a última vez em que postei algo no blog, não é mesmo? Mas este problema acaba de ser sanado, meus caros leitores. E muito mais que um simples retorno, também temos um segmento novo no blog: Let's Talk Vintage!

Para quem não sabe, eu sou um grande amante de tudo que diz respeito às coisas vintage - desde filmes, moda, música e o que mais puder se imaginar. Para o primeiro post do segmento, nada mais digno que começar pela série que é considerada a primeira e melhor sitcom de todos os tempos: I Love Lucy, que foi ao ar pela rede de TV americana CBS de 1951 até 1957 com Lucille Ball, Desi Arnaz, Vivian Vance e William Frawley no elenco.

A série conta a vida de Lucy Ricardo (Lucille Ball), uma dona de casa nova-iorquina "comum" dos anos 50, de seu marido, Ricky Ricardo (Desi Arnaz), um líder de orquestra cubano que trabalha em uma boate e de seus melhores amigos, Ethel e Fred Mertz (Vivian Vance e William Frawley) e todas as situações bem inusitadas em que Lucy cria para tentar aparecer nos números artísticos de seu marido e acaba arrastando Ethel, Fred e Rick para as confusões.

Apesar da sua incrível insistência para entrar no show business, seus talentos parecem não se manifestar tanto assim, desde que ela mal pode tocar duas músicas no saxofone. Entretanto, dizer que Lucy Ricardo é totalmente sem talento é uma grande mentira, já que por várias vezes ela provou ser uma boa dançarina, uma cantora razoável e uma atriz como nenhuma outra, tendo inclusive ganhado contrato com um grande estúdio de cinema e sendo elogiada pela rainha da Inglaterra, no episódio "Lucy meets the Queen", de 1956.

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Cena do episódio "Lucy meets the Queen", de 1956.

Em uma série que foi produzida há quase 70 anos, é interessante ver o quanto a sociedade evoluiu e muitas coisas mudaram, mas I Love Lucy foi na verdade um grande modificador na sociedade americana dos anos 50, sendo responsável por tirar o tabu atrelado à gravidez que existia até então, sendo inclusive a primeira vez que isso foi abordado na televisão se maneira clara (pelo menos o período gestacional) e contribuindo no fortalecimento da relação América do Norte e do Sul, desde que Lucy é casada com um cubano.

Outro aspecto a ser observado é a relação entre marido e mulher da metade do século passado. Ricky é o provedor da casa, quem trabalha e paga o aluguel, restando à Lucy todo o trabalho doméstico e mesmo quando esta tenta uma carreira no mundo artístico é categoricamente reprimida pelo marido, mas mesmo assim ela continua insistindo.

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I Love Lucy contribuiu extremamente para a cultura pop de modo geral, tendo sido referenciada em diversas séries e filmes atuais, desde "Os Simpsons", "Uma Linda Mulher" e até mesmo Drake e Josh, que em um dos episódios recriou o momento icônico da segunda temporada da série mais velha, onde Lucy e Ethel vão trabalhar numa fábrica de chocolate embalando os chocolates que vêm por uma esteira, mas eles passam tão rápido que elas perdem totalmente o controle.


Sua importância na cultura popular leva I Love Lucy a ser o melhor programa de televisão de todos os tempos, segundo a ABC e a People Magazine, a ter ganhado cinco prêmios Emmy, inúmeras nominações a prêmios e honras.

Sua exibição continua até hoje, sendo cerca de 40 milhões de espectadores por ano. Uma versão colorida do episódio citado acima, ao ser exibido num especial de natal da CBS, recebeu uma audiência de cerca de 8 milhões. No Brasil, o programa vêm sido exibido desde 1958, ainda na antiga TV Tupi, tendo passado pelos canais GloboSat nos anos 90 e em 2015, tendo sido exibido pelo SBT.

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Como alguém que já assistiu a todas as temporadas de I Love Lucy e se apaixonou por elas tanto quanto o resto do mundo, eu digo que vale muitíssimo a pena assistir a este verdadeiro tesouro, especialmente se você for fã de séries como Friends, Two and a Half Men e outras nesta mesma linha.


Deixem nos comentários o que acharam deste novo segmento. Digam ainda se vocês já conheciam, ouviram falar ou assistiram I Love Lucy. Até mais, xoxo :)

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